domingo, 7 de junho de 2009

Promotor propõe torcida única para acabar com violência nos estádios

De acordo com a ideia, somente a torcida do time mandante teria direito de ir aos estádios. Isso evitaria o encontro de grupos rivais

Equipe Universidade do Futebol

A morte de mais um torcedor por conta de brigas entre torcidas, resultou em novas manifestações que visam acabar com a violência entre as torcidas. Na última quarta-feira, após um confronto entre torcedores do Corinthians e do Vasco, um dos envolvidos morreu.
Por conta disso, o promoter de Justiça, Paulo Sérgio de Castilho, sugeriu que as partidas entre dois times com torcidas grandes aconteçam com a presença de apenas uma delas. Segundo ele, essa seria a maneira mais rápida de findar com as confusões nos estádios e nos seus arredores.
Ainda de acordo com Castilho, a torcida única, em que apenas os torcedores do clube mandante entram no estádio, evitaria que os grupos rivais se encontrassem. Ele informou que a medida foi sugerida, como solução para o problema, pelos líderes de torcidas organizadas. "A torcida única é uma solução imediata para acabar com a violência que me foi sugerida, inclusive, por dirigentes de torcidas organizadas", disse.
Além disso, o promotor propõe também que torcedores flagrados portando pedaços de madeiras, barras de ferro e rojões, objetos que não são considerados armas, sejam presos, cadastrados e afastados dos estádios por três anos. Castilho é autor de um anteprojeto de lei que prevê alterações no Estatuto do Torcedor, tornando mais rigorosas as penas contra torcedores que se envolvem em violências nos estádios e fora deles. 
"Nossa proposta foi elaborada com base no que já existe na Inglaterra, na Espanha e em Portugal, onde as autoridades já venceram a violência no esporte. Estamos adaptando e melhorando, de acordo com a realidade brasileira. Vamos procurar coibir e fechar todas as brechas que estimulam os maus torcedores a praticarem crimes", contou o promotor.
Castilho também defende a criação de um juizado especial para o torcedor com uma procuradoria específica. "Precisamos fazer um trabalho conjunto e envolver a sociedade e autoridades para aprimorar o trabalho de segurança nos estádios”, afirmou.

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