Rodrigo SenaESTADUAL - Heriberto da Cunha mostrou revolta com a atitude dos policiais
06/03/2009 - Tribuna do Norte
Em meio aos preparativos para o clássico de domingo, contra o América no Frasqueirão, o ABC buscou dar suporte ao treinador Heriberto da Cunha para mover uma ação contra o abuso de autoridade praticado pela tropa da Polícia Militar — sob o comando do major Pacheco — durante a partida da equipe potiguar contra o Fast Clube, no estádio Vivaldo Lima. O advogado João Maria Trajano já contactou com um amigo, em Manaus, que vai acompanhar o caso.
O treinador abecedista que foi liberado apenas na madrugada da quinta-feira, após prestar depoimento na 10ª Delegacia de Polícia, reclamou da truculência policial no episódio. “Eles entraram em campo sem a solicitação do árbitro e saíram empurrando todo mundo, principalmente os jogadores do ABC. Eu que estava em campo procurando conter os ânimos dos nossos atletas, fui empurrado e disse ao policial apenas que estava ali tentando apaziguar a situação. Foi só! E, por isso, recebi voz de prisão”, informou.
Uma mostra do descontrole policial, foi que a porta do vestiário do ABC foi arrombada aos chutes, mesmo sem que ninguém na delegação potiguar tivesse ameaçado realizar algum ato de reação contra a voz de prisão dada ao treinador. Segundo informações da imprensa de Manaus, os administradores do estádio também pensam em ingressar com uma ação solicitando o reparo aos danos provocados ao patrimônio público.
“Um País que deseja sediar uma Copa do Mundo, não pode ter um efetivo policial tão despreparado para resolver problemas dentro do campo de futebol. Acho que houve abuso de autoridade porque eu só entrei em campo para apaziguar os ânimos entre os meus jogadores”, salientou Heriberto.
Segundo João Maria Trajano o caso é considerado de natureza leve e, por prever pena de até dois anos de detenção, será apreciado pelo Juizado Especial Criminal. “Realmente eu me surpreendi com a atitude dos policiais. Quem conhece Heriberto da Cunha sabe que se trata de uma pessoa bastante dócil e tranquila. Mesmo contrariado, ele não resistiu aos policiais em nenhum momento. Ao que me parece a PM era que estava exaltada”, destacou Trajano. Heriberto não vai precisar regressar a Manaus para responder ao inquérito. O advogado vai pedir para que ele e suas testemunhas sejam ouvidas aqui mesmo em Natal.
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