sábado, 7 de março de 2009

Destaques do Domingo Esportivo 08/03/2009

Futebol do Uruguai para por causa das dívidas dos clubes com os atletas

Jogadores têm o apoio do sindicato na luta para receber atrasados. Rodada do fim de semana só será disputada se dívidas forem pagas até sexta

GLOBOESPORTE.COM Montevidéu

Os jogadores de futebol do Uruguai entraram em greve nesta terça-feira por causa de atraso nos salários. A decisão, que tem o apoio do sindicato dos atletas profissionais do país, irá adiar a rodada deste meio de semana do campeonato nacional.
Segundo Enrique Saraiva, presidente da União dos Jogadores do Futebol uruguaio, os times só entrarão em campo quando não houver mais dívida.
- Os clubes têm até sexta-feira à tarde para quitarem as dívidas. Se for pago, o campeonato é retomado no final de semana - afirmou à imprensa do país.
A atual temporada já foi suspensa duas vezes por questões de briga de torcidas e problemas de segurança.
A imprensa do Uruguai publicou que o Nacional, um dos maiores clubes do país, deve um cerca de US$ 160 mil (em torno de R$ 390 mil) aos seus jogadores e seu arquirrival, Peñarol, deve cerca de US$ 50 mil (R$ 122 mil). Outro clube que sofreu é o Villa Española, impedido de entrar em campo na segunda fase da competição, por dever US$ 50 mil aos atletas.


Camisa de Keirrison vende mais que a de Ronaldo

clip_image001Apesar do marketing envolvendo a participação de Ronaldo no clássico deste domingo entre Corinthians e Palmeiras, fora de campo o atacante alvinegro leva desvantagem em relação a Keirrison, grande destaque do começo de ano alviverde.
Nos arredores do Estádio Prudentão, palco da partida, a camisa 9 do Palmeiras é mais encontrada do que a 9 do Corinthians. E os comerciantes garantem que Keirrison tem vendido mais do que Ronaldo.
"Os palmeirenses chegam e já querem a camisa do Keirrison. Tive que pedir mais até", comentou um dos vendedores, identificado apenas como Juca. "A do Ronaldo até sai, mas é mais difícil de conseguirmos".
O maior número de artigos verdes nas ruas pode ter explicação no fato de o Palmeiras ser o mandante da partida. 60% dos ingressos, que já estão esgotados, foram destinados a torcedores do líder do Campeonato Paulista.
O bom momento da equipe no Campeonato Estadual tem colaboração direta de Keirrison. O atacante, contratado junto ao Coritiba, marcou 13 gols em 10 partidas realizadas em 2009, mas não conseguiu evitar as duas derrotas na Copa Libertadores diante de LDU e Colo Colo.
Já Ronaldo foi contratado em dezembro do ano passado e estreou apenas na última quarta-feira pelo Corinthians. Antes, se envolveu em noitadas em São Paulo e na mesma Presidente Prudente, deixando o torcedor um pouco desconfiado.
O clássico pode ser um tira-teima entre os dois. Ronaldo, consagrado, artilheiro e campeão do mundo, contra Keirrison, uma das novas apostas do futebol nacional.
Redação Terra


Diretoria vascaína luta para pagar salários de janeiro até sexta-feira

Diretoria renegociou algumas dívidas para receber verba líquida do Clube dos 13. Vice de futebol confirma informação e diz: 'Esse é o nosso prazo'

Márcio Iannacca Rio de Janeiro

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José Mandarino confirma desejo de quitar os salários até a próxima sexta-feira

A diretoria do Vasco está lutando contra o tempo para pagar os salários de janeiro até a próxima sexta-feira. A ideia da cúpula do futebol é quitar a dívida com o grupo para iniciar a Taça Rio, segundo turno do Campeonato Carioca, sem nenhuma pendência com o elenco. O vice-presidente de futebol do clube, José Mandarino, confirmou a informação.

Segundo o dirigente, o clube renegociou algumas dívidas para conseguir receber uma verba do Clube dos 13. A tendência, de acordo com o Mandarino, é que o pagamento se concretize na sexta-feira, já que os vencimentos de janeiro estão atrasados desde o dia 20 de fevereiro.

- Esse é o nosso prazo. Queremos pagar até sexta-feira. São as mesmas fontes de sempre. São coisas que estamos renegociando, vencimentos que estamos negociando para pagar em espaços maiores. Estamos vendo tudo isso com o Clube dos 13. Estamos trabalhando para recebermos algo líquido ali na frente - revelou o dirigente cruzmaltino.


Dívida para obter certidões é menor do que o esperado

José Mandarino, vice de futebol, revela que valores estão em torno de R$ 4 milhões. Diretoria espera acertar tudo até o próximo dia 15

Márcio Iannacca Rio de Janeiro

Tudo não passou de um erro de interpretação. A dívida do Vasco com o Governo para obter as certidões negativas de débito e assinar o contrato de patrocínio com a Eltrobrás não passa de R$ 4 milhões. Quem confirma a informação é o vice de futebol do clube, José Hamilton Mandarino. Em uma conversa por telefone com o GLOBOESPORTE.COM, o dirigente esclareceu os valores.

Segundo Mandarino, os números divulgados chegaram a R$ 8,8 milhões por um erro de interpretação na documentação referente à dívida do clube com o Governo. O ex-vice de finanças e atual comandante do departamento de futebol afirmou que a diretoria espera resolver o problema até o próximo dia 15, véspera de um encontrato com representantes da estatal de energia elétrica.

- Alguns valores que foram colocados são consignados como dívida, mas não fazem parte da dívida. São coisas que deveriam estar incluídas na Timemania, mas não estão. Os dados estão sendo depurados e nos próximos dias vamos ter uma noção exata do que falta para conseguirmos as certidões. Mas o valor não passa dos R$ 4 milhões - revelou Mandarino.

Para obter as certidões, o Vasco precisa quitar a dívida de forma integral ou tentar uma renegociação. A diretoria quer pagar todo o montante para não ter problemas no futuro para conseguir receber a verba da estatal.

O dirigente afirmou ainda que não existe um prazo para a assinatura do contrato. Porém, ele deu a entender que o acordo não pode passar do mês de março, já que tudo deveria ter sido sacramentado em fevereiro. Com o patrocínio da Eletrobrás, o Vasco colocará em seus cofres R$ 14 milhões por ano.


Humorista tenta 'profissionalizar' torcedor

Com design parecido com o de uma Carteira de Trabalho, livro tem espaço para cadastrar partidas e gols memoráveis

GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro

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Fãs de 14 clubes brasileiros já podem ter suas Carteiras de Torcedor

Quem quer se tornar um torcedor profissional já pode. Pelo menos é o que espera o humorista Paulo Tadeu, que lançou a Carteira de Torcedor de 14 clubes brasileiros, uma paródia da Carteira de Trabalho, inclusive no seu formato.

A brincadeira vai longe. A carteira, da República Federativa do Futebol, é credenciada pelo Ministério da Bola e pela Secretaria de Relacionamentos Futebolísticos. Dentro do livro, você encontra a Declaração Universal dos Direitos do Torcedor Apaixonado pelo Time.

Há ainda espaços para registrar os principais jogos vistos, gols inesquecíveis e o nome do maior ídolo, entre outras coisas.
As primeiras Carteiras do Torcedor são do Atlético-MG, Bahia, Botafogo, Corinthians, Cruzeiro, Flamengo, Fluminense, Grêmio, Internacional, Palmeiras, Santos, São Paulo, Vasco e Vitória. O planejamento é ampliar o número de clubes até a metade deste ano.


Relatório desta quinta-feira confirma dívida de R$ 25 milhões no Atlético-PR

Malucelli dispara contra Petraglia: 'Ele não manda mais no clube'

Gazeta do Povo Curitiba

A análise das contas do Atlético-PR solicitada pelo presidente do Conselho de Administração do clube, Marcos Malucelli, apontou nesta quinta-feira uma dívida de R$ 25 milhões, R$ 9 milhões acima dos R$ 16 milhões previstos antes da análise.

De acordo com presidente atleticano, os números negativos não devem comprometer o departamento de futebol do Atlético-PR.
- Todos os compromissos financeiros serão cumpridos. Já estamos fazendo isso - disse Malucelli.

Embora não culpe a antiga gestão pelo rombo financeiro, o dirigente criticou antecessor, Mário Celso Petraglia. Segundo ele, Petragila teria divulgado, pela Internet, que Malucelli estaria “mandando mais do que deveria”.

- Quando assumi, deixei claro que o Mário (Petraglia) ficaria responsável por cinco itens, mesmo sem fazer parte da diretoria: contato com a CBF, contrato com a televisão, relação com o Clube dos 13 e Copa do Mundo. O último item era entre nós e não gostaria de expor em público, mas trata-se da negociação internacional de jogadores. Eu só abri este quinto item porque não vou aceitar ouvir ele (Petraglia) dizer que eu deixei de cumprir algum compromisso. Ele precisa saber que ele não manda mais no Atlético e quem manda agora é outra pessoa – falou Malucelli.

Apesar das críticas ao ex-presidente, Malucelli garante que não há irregularidades em negociações de jogadores que tiveram a participação direta de Petraglia. Ele afastou a possibilidade da existência de uma “herança maldita”.

- Posso garantir. Não há nada de errado com negociações. Todos os valores entraram para o cofre do Atlético – confirmou.

Quanto à dívida confirmada em relatório, o presidente classificou como “contornável”. O problema é que o clube não poderá investir como esperava na qualificação da equipe.

- Hoje não temos R$ 500 mil para trazer um jogador. Parte disso tem a ver com a crise econômica mundial, pois não conseguimos fazer nenhuma venda de jogador este ano – concluiu.

Entenda a dívida em partes

Dívidas com bancos consolidadas são R$ 2,5 milhões, dívidas de adiantamento da TV Globo são de R$ 3,6 milhões e divida de direitos econômicos com empresários e jogadores dá R$ 1,8 milhões.
Outros valores são de R$ 4,5 milhões da Caixa Econômica para construção da reta Brasílio Itiberê. Esse é um empréstimo que será pago em 5 anos e ainda está no prazo de carência, segundo Malucelli, é um investimento e não uma dívida.
O outro débito é com o PSTC e a participação deles nos direitos federativos dp atacante Dagoberto e do goleiro Guilherme. Mas para pagar esta dívida, o clube fará valer do dinheiro depositado em juízo no caso Dagoberto, que é de R$ 6,2 milhões que deverá entrar para o Atlético-PR quando concluída a ação, em cerca de 6 meses.
Tributos com a União são de R$ 5,2 milhões

- Somando tudo dá o valor de R$ 25 milhões, que parece ser um valor alto. Mas não precisaremos pagar nem um centavo nesta sexta-feira. R$ 17 milhões de saldo, que temos como pagar. Sobraram os R$ 8 milhões que são da TV, bancos e a União. Então, é uma dívida consolidada que não nos assusta, não atrapalha o dia-a-dia do clube - garante o presidente Marcos Malucelli.


Garantido na final do Paraense, Paysandu vai se reestruturando a duras penas

Campeão do primeiro turno do Estadual, Papão da Curuzu chegou a uma dívida de R$ 10 milhões somente com a Justiça do Trabalho

Marcello Carrapito Rio de Janeiro

Campeão do primeiro turno do Campeonato Paraense, o Paysandu não sabia o que era conquistar um título desde 2006 (assista ao vídeo). Garantido na final do Estadual, o clube passou por maus bocados nestes últimos anos. Apesar de a antiga administração ter conquistado três Estaduais, uma Copa dos Campeões, e uma participação inédita na Taça Libertadores da América, em 2003, o clube se afundou em dívidas e caiu para a Terceira Divisão, em 2006. Há quase três anos sob a presidência de Luiz Omar Pinheiro, o Papão da Curuzu vem se reestruturando com muita dificuldade:

- Nós resgatamos a credibilidade do clube. Nós conseguimos colocar os salários em dia, fizemos acordo com o pessoal que estava atrasado. Não estamos trazendo nomes caros, mas sim jogadores que estão dentro de nossas possibilidades e do projeto do clube – diz Clodomir Araújo, um dos diretores de futebol do clube, ao GLOBOESPORTE.COM.

Terceiro clube brasileiro da história a derrotar o Boca Juniors, em La Bonbonera, nas oitavas-de-final da Libertadores, o Paysandu chegou a um passivo de 10 milhões de reais somente na Justiça do Trabalho, mas está conseguindo honrar com seus compromissos a duras penas:

- Fora os salários atrasados. O primeiro ano de trabalho foi complicado. Conseguimos sanar uma parte desta dívida. No segundo ano, nós pudemos fazer um certo investimento, porém não conquistamos nada. Este ano, com a manutenção desta administração, nós já podemos fazer um investimento um pouco maior, com um planejamento. Contratamos uma boa comissão técnica, jogadores dentro daquilo que o clube pode pagar e começamos os trabalhos em dezembro de 2008 – conclui Clodomir Araújo, que começou como Diretor Jurídico e atualmente exerce a função de Diretor de Futebol.


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