terça-feira, 18 de novembro de 2008

Entre sucessos e erros, marketing corintiano renasce com a Série B

Alexandre Sinato
Em São Paulo

A "estadia" na Série B não foi traumática para o Corinthians no campo e muito menos no marketing. Antes limitado principalmente a negociar patrocínios, o departamento alvinegro aproveitou a passagem da equipe pela Segundona para turbinar suas ações e lucrar com a paixão do torcedor. Deu certo.

COMEÇO E FIM ESTAMPADOS...

Divulgação/Corinthians

Sabrina Sato foi garota-propaganda da camisa que fez sucesso logo após a queda

Divulgação

Clube preparou a camisa "Eu voltei" para celebrar o retorno à Série A do Brasileiro

Algumas ações naufragaram. As que funcionaram, porém, compensaram e ajudaram o clube a elevar sua receita em 2008. Resultado: o Corinthians lucrou mais de R$ 3,5 milhões e fortaleceu a relação comercial com seu fiel torcedor.

Ainda em 2007, dias depois da queda para a Série B do Brasileiro, o clube fez um teste. Lançou o kit "Eu nunca vou te abandonar", baseado em grito da torcida, para ver a reação de seu público consumidor. O resultado surpreendeu. O sucesso instantâneo provou que os corintianos fariam justiça ao lema da campanha e não abandonariam o clube durante a Segundona.

Em número de unidades vendidas, os mais de 200 mil kits comercializados representaram o maior sucesso do marketing corintiano após o rebaixamento. A partir daí, foram campanhas e mais campanhas. O clube lançou camisetas, agência de viagem, TV pela internet, programa de sócio-torcedor, novos uniformes e concurso de beleza, entre outras iniciativas.

Ainda em vigência, a promoção "O Timão é a sua cara" é a responsável pela maior rentabilidade entre todas. Por R$ 1.000, o torcedor estampa uma foto 3x4 no uniforme que será usado no dia 22 de novembro, diante do Avaí, na última apresentação da equipe em casa na Série B.

Com o custo de 35% do valor total, o Corinthians embolsará mais de R$ 650 por unidade. A expectativa é que mais de mil camisas sejam vendidas, rendendo cerca de R$ 1 milhão aos cofres alvinegros em menos de um mês. Até agora, mais de 700 unidades já foram comercializadas.

A atual gestão também bancou a camisa roxa. Projeto existente desde o ano passado, com a diretoria antiga, o terceiro uniforme até hoje não é unanimidade entre os torcedores. A polêmica em torno de sua utilização, contudo, não atrapalhou sua circulação. Tanto que a roxa é mais procurada do que as tradicionais branca e preta.

Mas nem todos os projetos vingaram. A maior derrota do marketing foi com a TV Timão. O canal pela internet tem menos de três mil assinantes, muito longe dos cem mil almejados. Os R$ 10 cobrados afastaram os torcedores. "Foi um grande erro nosso cobrar pela TV Timão", admite o diretor de marketing Luis Paulo Rosenberg, que pretende "abrir" a TV Timão.

Uma das camisetas promocionais também encalhou. A "Mano do Mano", em homenagem a Mano Menezes, vendeu pouco. Embora o treinador faça sucesso entre a torcida, sua personificação em produto de marketing não agradou. A camiseta ainda é encontrada nas lojas.

Nenhum comentário: