domingo, 13 de abril de 2008

Bernardinho fecha portas para Ricardinho

Técnico afirma à revista "Época" que o jogador jamais tentou uma reaproximação à seleção

GLOBOESPORTE.COM e agências de notícias Rio de Janeiro

Agência

Reuters

Quase nove meses se passaram desde o corte de Ricardinho no Pan-Americano, e ao que parece, o levantador continuará fora da seleção brasileira masculina de volei para a disputa das Olimpíadas de Pequim no próximo mês de agosto. Em entrevista à revista semanal "Época", o técnico da equipe verde-amarela afirmou que as portas estão fechadas para o jogador. Há um mês, ele havia afirmado ao GLOBOESPORTE.COM que as portas continuavam abertas, mas agora parece ter cansado de esperar por um contato do atleta.
- Fico pensando: Onde eu errei para ele ter se perdido um pouco da nossa forma de trabalhar? Tenho minha parcela de responsabilidade nisso. Eu não tranquei as portas para Ricardinho, mas ele jamais tentou se reaproximar. No momento elas estão fechadas. Ele joga com brasileiros, tem contato com colegas de seleção. Nem assim houve um sinal. As coisas voltaram ao normal? Não. A situação está como há seis meses. Ele continua jogando na Itália e a seleção segue seu trabalho sem ele - diz o treinador.
Ricardinho atua no Modena, clube da Itália que também conta com os compatriotas André Nascimento, André Heller, Murilo Endres e Sidão, mas segundo Bernardinho, o levantador não acenou por uma reconciliação com a comissão técnica da seleção brasileira.
- Se eu tivesse feito algo tão autoritário, os outros jogadores teriam aceitado? Se eles continuam trabalhando e conseguindo vitórias, não é sinal de que não houve nada ditatorial? - questiona o técnico, que afastou o jogador da seleção antes da estréia dos Jogos do Rio de Janeiro, uma semana após a conquista da Liga Mundial, em que Ricardinho foi eleito o melhor jogador da competição, em julho de 2007.

Incerteza após as Olimpíadas

Bernardinho prefere não fazer planos futuros, apenas focar seu trabalho em busca da medalha dourada em Pequim.
- Neste momento, após oito anos como treinado da seleção, confesso que minha perspectativa é ir até Pequim. Não sei o que vai ocorrer depois. Tenho que me preocupar agora com o que precisamos fazer para conseguir um bom resultado lá. Minha opção é permanecer no volei e no Brasil. Quero fazer o trabalho até Pequim da melhor maneira possível e depois avaliar a situação.

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