domingo, 27 de setembro de 2009

Paulo Vasconcelos, diretor do DM do Ceará S.C

Profissional fala sobre mudanças estruturais no clube, que planeja ser referência do N/NE na área

Bruno Camarão - Cidade do Futebol

"Pode ser que o Ceará nem suba à Série A ainda neste ano. O que está acontecendo é uma coisa bem melhor do que isso". Para o torcedor do clube nordestino, que figura desde 1993 na divisão de acesso do futebol nacional, ouvir essas palavras em um momento no qual a tabela aponta para o G-4 pode soar como frustrante. Mas merece atenção: elas são ditas por alguém que participa diretamente de um processo de modernização da estrutura física alvinegra.

Trata-se de Paulo Vasconcelos, diretor do departamento médico do Ceará, equipe que, sob o comando-técnico do treinador Paulo César Gusmão, ocupa desde o fim do primeiro turno da Série B do Campeonato Brasileiro posição no bloco de cima da classificação.

Com uma formação acadêmica na própria capital cearense, Vasconcelos estendeu seus laços de simpatia pela agremiação mais popular do Estado à condução da carreira profissional. Especializou-se na área de medicina esportiva, com viés também na parte de nutrição, e hoje integra um staff que mira o ano de 2014, data em que o país abrigará uma edição de Copa do Mundo - e o time do coração, em particular, comemora o centenário de fundação.

“Não temos planos mirabolantes, como Dubai-2010. É uma passada por vez. Temos como meta ter, não a melhor, mas uma das principais estruturas do Norte/Nordeste em 2014”, revelou Vasconcelos, nesta entrevista à Universidade do Futebol.

De um plano que se iniciou há duas temporadas, o Ceará já montou, com o auxílio de projetos de torcedores, uma academia e um espaço fisioterápico e desenvolveu a criação de um departamento médico - algo que inexistia até então. O trabalho ocorre de maneira integrada, reflexo de uma mudança de mentalidade coletiva.

“Em futebol, tudo pode acontecer, mas temos de ir para o lado científico, também. Temos de apostar as fichas em trabalho, em coisas sérias”, apontou Vasconcelos que, dentre outros temas, abordou ainda as diferenças entre os clubes dos eixos Norte e Sul, a filosofia presente no futebol local, o que pensa sobre as comissões técnicas permanentes e por que o atacante Mota, pretendido por algumas forças da primeira divisão, resolveu apostar em sua volta ao clube onde iniciou a trajetória.

Um comentário:

Weiber Castro - Itapiúna-CE disse...

Belissíma reportagem. Parabéns!!!!!
Acompanho o programa todos os domingos, os bons debates e a maneira em que o programa é conduzido é simplismente fantástico!!!
Parabéns!!!!!!!!!