Um patamar aceitável para os custos das arenas seria de R$ 400 milhões
Equipe Universidade do Futebol
Nesta semana, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) admitiu que poderá ser utilizado dinheiro público nas obras de estádios para a Copa do Mundo de 2014. Porém, o governo federal e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) já pressionam as cidades-sede para reduzirem os custos dos seus projetos.
Estádios como os de Manaus (Vivaldão) e Salvador (Fonte Nova), orçados em R$ 600 milhões e R$ 550 milhões, respectivamente, teriam que reduzir custos para obter o financiamento. De acordo com a Folha de S. Paulo, o patamar considerado aceitável pelo governo é de R$ 400 milhões.
“Defendo que a modéstia seja o padrão para a preparação dos estádios”, declarou o ministro Orlando Silva Jr. em julho, em sinalização de que o governo federal não aprovará estádios considerados inviáveis financeiramente.
De acordo com a projeção inicial com estádios, em 2007, quando o Brasil se apresentou como candidato à Copa de 2014, haveria US$ 1,1 bilhão (R$ 2 bilhões) para essa finalidade. Em maio deste ano, antes do anúncio das sedes, levantamento já apontava gastos 67% maiores, então estimados em R$ 3,7 bilhões.
Em julho, um levantamento do Portal Copa2014.org.br, baseado em análise de arquitetos envolvidos com o evento, apontou novo aumento nos projetos, agora de 300%. Somados, os doze estádios do Mundial custariam cerca de R$ 10 bilhões. Ao menos três deles passariam de R$ 1 bilhão.
De acordo os arquitetos consultados, um dos vetores do aumento dos gastos foi a inclusão da cobertura no detalhamento dos projetos, o que representou um aumento de 20% a 50% nos custos. O item faz parte das recomendações da Fifa para estádios de Copa do Mundo, mas não é considerado obrigatório.
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