domingo, 14 de junho de 2009

Assuntos em Destaques para este Domingo Esportivo

Líder Icasa continua de folga

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Atacante Marciano é esperança para o Icasa chegar à segunda fase da Série C do Brasileiro (Foto: CID BARBOSA)

A Série C do Brasileiro tem seqüência com mais uma rodada, o Icasa, líder do Grupo B, continua de folga na tabela
O Icasa vive situação de expectativa na Série B do Campeonato Brasileiro. O time caririense vai completar duas rodadas sem jogar, o último compromisso foi no dia 30 de maio, no Romeirão, diante do Salgueiro/PE. O Verdão aguarda o resultado da rodada deste domingo, quando pode até mesmo permanecer na liderança do Grupo B.
O time icasiano voltará a competir na Terceirona, no próximo dia 20, no Romeirão, contra o ASA/AL. Embora folgue na rodada, o líder do Grupo B, com seis pontos, acompanhará a partida entre ASA/AL e Salgueiro/PE, que aparecem logo abaixo na tabela com três pontos a menos e se enfrentarão em Pernambucano. Desse modo, o time cearense poderá se manter na ponta mesmo sem entrar em campo.
Com 12 dias sem jogos, o Icasa tentou marcar amistosos, com time dos Piauí e também da Paraíba, sem êxito. Flávio Araújo vem testando jogadores para substituir o volante Guto expulso no último jogo e o favorito é Dodó. Outra dúvida do treinador do Verdão é com relação ao atacante Marciano, lesionado. Caso ele não se recupere, o atacante Joelson, contratado junto ao Porto de Pernambuco, fará sua estréia. Já o zagueiro Tiago, que sentiu fisgada na coxa durante treino no início da semana, já se recuperou e deve treinar entre os titulares a partir da segunda-feira.
Uma coincidência pode fazer com que o 1º colocado de três dos quatro grupos da Série C dispare. Os líderes Águia de Marabá, Icasa e Ituiutaba podem sustentar ou até aumentar a vantagem na liderança de suas respectivas chaves graças a confrontos diretos entre segundos e terceiros colocados. A rodada será disputada neste domingo. Pelo Grupo A, o Águia de Marabá soma seis pontos em dois jogos e enfrenta o lanterna Luverdense/MT. Rio Branco e Paysandu, com três pontos cada, enfrentam-se e podem beneficiar o líder da chave em caso de empate em Belém. Na melhor das combinações para o Águia, o time pode terminar a rodada 5 pontos acima dos rivais.
No Grupo C
O vice-líder América/MG recebe o 3º colocado Guaratinguetá em briga direta por posição, uma vez que ambos têm três pontos. Acima com um ponto a mais, o Ituiutaba visita o Mixto/MT. Líder mais isolado de todos, o Caxias/RS ostenta a ponta do Grupo D com quatro pontos de vantagem sobre o Marília. O time gaúcho folga quando verá os embates Marcílio Dias x Marília e Brasil/RS x Criciúma.


ENTREVISTA - JARDEL

‘‘Quero provar que ainda posso brilhar’’

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O centroavante, rei em Porto Alegre e em Portugal, diz que pretende melhorar sua imagem no Estado onde nasceu e afirma que é o nome do qual precisam Ceará e Fortaleza para sair da má fase. O jogador, que hoje tenta entrar em forma treinando no Leão, faz ainda críticas a Arnaldo Lira e a empresários

PERY NEGREIROS
Especial para o Jogada

Quais são os planos do Jardel para este momento em diante de sua carreira? Alguma proposta em vista?
Hoje, recebi uma proposta da Grécia. Toda semana recebo proposta da Europa, porque foi lá que criei meu nome, uma identidade verdadeira. Lá, as pessoas conhecem mais o Jardel. Mas o meu pensamento é ficar em Fortaleza, em algum clube cearense, pela minha família. Minha filha nasceu agora, quero estar mais presente, perto da minha mãe, que sente falta dos filhos. Quero jogar ainda uns dois ou três anos. Meu objetivo é provar para todo mundo que ainda posso.
Como está sua forma física?
Falta só fazer um contrato. Estou há três semanas treinando no Fortaleza. Uma coisa é treinar com contrato, outra é sem contrato, mas estou me empenhando ao máximo, que é para, quando aparecer a chance, em uma semana estar pronto para jogar. Eu sou jogador de área, não sou de me movimentar muito, um jogador de definição, exatamente como Fortaleza e Ceará estão precisando.
E para depois da carreira, qual é o plano?
Estou mexendo com alguns jogares novos para encaixar em clubes do exterior. Meu pensamento é pegar um, dois campos e montar a escolinha do Jardel para mandar garotos ao Vasco, Grêmio, ou São Paulo, clubes onde tenho abertura.
Que clube(s) você pode dizer que ocupa(m) maior espaço no seu coração?
Grêmio e Porto. Pelo respeito que tenho em Porto Alegre e em Portugal. Tenho uma história. Sou o maior artilheiro de toda história do futebol português. Por isso, quando eu morrer, muita gente ainda vai falar de mim. E é uma felicidade enorme deixar isso para os meus netos.
E essa idolatria em Portugal, como é ser um grande ídolo por lá?
Foram seis anos lá, e seis anos seguidos como artilheiro, e isso ninguém esquece. Nosso comportamento dentro e fora de campo a sociedade acompanha. Então, o que a gente faz, tem um retorno, um carinho.
Você acha que tem, hoje, o tratamento que merece em sua terra natal?
O cearense tem uma imagem negativa do Jardel por conta do meu passado. E eu tenho que reverter isso. Hoje, o Jardel é uma pauta negativa, mas estou reagindo, isso depende de mim. E eu reconheço isso. Todo mundo erra e eu estou dando a volta por cima com 35 anos, e acho que é possível jogar ainda uns três anos num bom nível.
Você costuma ter contato ainda com alguns de seus ex-companheiros do Grêmio, campeões da Libertadores em 1995?
Costumo. Ano passado, fui disputar o showbol e estive com o Paulo Nunes, Carlos Miguel, Dinho, Arílson, diretores, torcedores... Saí de Criciúma (em 2008), passei um mês em Porto Alegre, vivi um ambiente muito bom por lá, onde sou ídolo.
O que dizer a respeito de Luiz Felipe Scolari, seu técnico naquele ano?
Tenho relacionamento bom, apesar de ter pouco contato, agora, com ele. Hoje ele está fazendo um contrato milionário e eu já passei por isso. Só tenho que parabenizar o Felipão, um treinador que me ajudou e que eu ajudei dentro de campo.
O que é mais excitante, um Gre-Nal, ou um Galatasaray x Fenerbahçe?
Acho que um Gre-nal. Porque estamos no nosso país, entendendo tudo o que falam. Mas o derby de lá não fica longe, não. E tem Sporting e Porto também...
Quando você fez aquele golaço pelo Ferroviário contra o Quixadá, o que passou exatamente pela sua cabeça?
Foi uma felicidade enorme. Pensei: ´ressurgi e vou voltar a jogar´, mas apareceu o treinador (Arnaldo Lira), embora eu não julgue a opção dele, acho que justo era me dar uma oportunidade. Quem saiu por cima foi ele, porque botou o Jardel no banco do Ferroviário. Eu apareci na mídia nacional, só em uma semana foram duas matérias nacionais. Mas não guardo mágoa de ninguém, mas pelo que eu fiz, merecia uma oportunidade. E se você perguntar para qualquer torcedor cearense, do Ferroviário, enfim, que fosse sensato, diria que eu tenho razão.
Ficou uma frustração por não ter conseguido se afirmar no Ferroviário este ano?
Não. Se não deu certo foi porque não fui ajudado.
E na sua carreira, qual a maior frustração que você teve até hoje no futebol?
Foi ter saído de Portugal. Se pudesse voltar atrás, estaria lá até agora. O meu amigo Raimundo Fágner me disse que eu nunca deveria ter saído de lá e aquilo ficou na minha cabeça. Mas isso a gente esquece com o tempo.
Você acha que poderia ter sido convocado para alguma Copa, como a de 1998, por exemplo? De alguma forma, te frustra não poder ter participado de uma?
O problema era o Ronaldo. Eu era reserva de um fenômeno. Quando eu jogava, era cinco, dez minutos. Mas acho que poderia mesmo era ter ido em 2002, depois de ter sido artilheiro do Mundo e da Europa. Estive em jogos de duas Eliminatórias, Copa América, fui três vezes artilheiro do Mundo, três vezes da Europa. O normal seria eu ter ido para 2002, mas Deus não quis, paciência. Vá entender o futebol.
Depois de sua passagem pelo Sporting, de 2001 até 2003, você não conseguiu mais se firmar em clube algum. Foi ali que o problema com as drogas começou a afetar de fato sua carreira?
Foi porque eu não jogava. Eu pegava muitos treinadores e sempre era titular, e, de repente, o fato de não jogar não entrava na minha cabeça. Aí, juntou com problemas familiares... Nem queria muito tocar mais nesse assunto. Considero que isso já está no passado.
Quando você começou a ver que era bom cabeceador?
Foi aqui no Montese, quando eu jogava no gol, e era bom goleiro. Mas também jogava na linha. Quando vi que eu cabeceava forte, que tinha o dom de escolher o canto, eu pensei: ´vou ser centroavante´.
Você sente frustração por não ter jogado em um grande clube da Itália, Espanha ou Inglaterra?
Eu só não fui realmente porque empresários queriam dinheiro primeiro para poder me oferecer, porque naquele tempo eu era o ´cara´. É preciso ter cuidado com alguns empresários.
Por quê?
Eu tive proposta para ir para o Barcelona, Real Madrid, Bayern de Munique, e os caras estavam pedindo primeiro R$ 1 milhão para eles, só para que a gente começasse a negociar. E o artista era eu. Foi em 1998, 99, na época do Porto. Eu estava muito bem mesmo.


Santos lança carnês para os namorados

REDAÇÃO
Da Máquina do Esporte, em São Paulo

A iminência do Dia dos Namorados, no dia 12 de junho, motivou o Santos a lançar uma nova promoção para venda de carnês. A ação é intitulada "amor alvinegro", e tem como meta a ampliação de receita para os 17 jogos que a equipe ainda fará como mandante no Campeonato Brasileiro de 2009.
A mecânica da promoção é a seguinte: o casal paga R$ 300 por ingressos para todos os jogos do Santos em casa até o fim do torneio nacional, e os dois ganham títulos de sócios do clube alvinegro. A mensalidade dos afiliados custa R$ 27, valor que não faz parte do pacote.
Os ingressos para jogos do Santos como anfitrião independem do local das partidas. Se a partida for transferida para outro estádio, os casais continuarão com locais demarcados nas arquibancadas.
Nos dois jogos que fez em casa até o momento, o Santos registrou média de 10.089 pagantes no Campeonato Brasileiro. Nas três últimas edições da competição, o time alvinegro teve a pior média de público entre os fundadores do Clube dos 13.

Santa Cruz celebra "virada" com seleção

GUSTAVO FRANCESCHINI
Da Máquina do Esporte, em São Paulo

Depois de terminar o ano rebaixado para a quarta divisão do Campeonato Brasileiro, o Santa Cruz começou um processo de reestruturação para dar a volta por cima. Só agora, porém, o clube consegue transmitir esse desejo de mudança para todo o país. Sede do jogo da seleção brasileira contra o Paraguai, nesta quarta-feira, o estádio do Arruda em bom estado orgulha os dirigentes tricolores, que celebram a passagem do time de Dunga.
"Só o fato de estarmos na vitrine é algo positivo. É um ganho intangível, que deve se tornar tangível em longo prazo, pois irá nos lançar junto a possíveis patrocinadores. Nós estamos mostrando ao grande público que, independentemente da posição atual do clube, existe um projeto sério e profissional", disse Sérgio Travassos, gerente de marketing do Santa.
O grande atrativo é o Arruda. No começo do ano, a arena foi reformada, teve as arquibancadas redecoradas e o gramado totalmente substituído. Nos últimos dias, foi palco de entradas ao vivo de redes de televisão e até cenário para programas que debateram, entre outras coisas, a retomada do Santa Cruz.
Dada a proximidade do anúncio da Fifa sobre as cidades-sede de 2014, a dúvida sobre a possibilidade de participação do Arruda na Copa ficou no ar. Grande parte da imprensa questionou a opção da candidatura de Recife, que preferiu ignorar a chance de reforma no estádio e apresentou um projeto que começa do zero em São Lourenço da Mata.
À parte da discussão, o Santa Cruz trabalha para tirar proveito da entourage da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). O ganho imediato vem, naturalmente, da exploração de espaços comerciais cedidos pela entidade.
"Nós lançamos camisas alusivas a esta partida, que estão sendo vendidas em nossa loja oficial. Além disso, negociamos vários espaços corporativos para este jogo", disse Sérgio Travassos.

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